terça-feira, 30 de setembro de 2014

O Prisioneiro de Azkaban - J. K. Rowling

"Isso significa que o que você mais teme é o próprio medo"



Título: O Prisioneiro de Azkaban

Autor: J.K. Rowling

Título Original: The Prisioner of Azkaban

Tradução: Lia Wyler

Série: Harry Potter

Editora: Rocco

2000




      Dando procedimento à série Harry Potter, este volume vai continuar retratando o ano escolar em Hogwarts, entretanto o foco do livro é completamente voltado para Sirius Black, o assassino que extraordinariamente conseguiu escapar de Azkaban. De acordo com os registros, Black fora responsável pelo assassinato de treze pessoas com uma única maldição. Considerado por muitos como aliado de Voldemort, Sirius passou doze anos em Azkaban, para depois escapar deixando apenas uma ideia de para onde seguiria.

“Ele está em Hogwarts... Ele está em Hogwarts”.

      Um professor novo. Ronda de dementadores. Um traidor. Um parente. Uma predição. E mais dúvidas. Será mesmo Hogwarts segura?

“O lugar mais seguro da terra era aquele em que Albus Dumbledore acontecesse estar”

      A trama revela muitas informações do passado dos pais do Harry e ficamos por dentro de Hogwarts em um tempo mais antigo, na infância de James e Lily. Novos personagens são adicionados neste livro e creio eu que este é o único volume que a narrativa não fica presa no monótono ‘Harry-Voldemort’. Há sim ligações e explicações sobre o lorde das trevas, mas são expressas apenas teoricamente, tornando o livro mais alternativo e uma leitura menos repetitiva. A criatividade da autora foi rigidamente expressa nesse volume mais que os anteriores, já que somos apresentados a muitos elementos fantásticos: um povoado inteiramente bruxo, onde há lojas extraordinárias, hipogrifos, animagos, criaturas especificamente trazidas para as aulas de ‘defesa contra as artes das trevas’ e é claro Azkaban e seus dementadores.

“A fortaleza foi construída em uma ilhota, bem longe da costa, mas não precisão de paredes nem de água para manter os prisioneiros confinados, não quando eles já estão presos dentro da própria cabeça, incapazes de um único pensamento agradável. A maioria enlouquece em poucas semanas”.

      A narrativa é totalmente linear, tudo o que a autora abre no começo se fecha no final. É surpreendentemente revelador, de modo que após descobrir certas coisas, o leitor acaba se vendo enganado pela autora – num aspecto positivo, é claro. Rowling mostrou um leve amadurecimento na escrita, de modo que se consiga captar alguma mensagem mais madura nas entrelinhas. É interessante ressaltar também, que os dementadores que a autora criou, foram baseados no período de depressão pelo qual a mesma passou, de modo que percebemos que não é nada mais que uma personificação da depressão.



“Os dementadores estão entre as criaturas mais malignas que vagam pela Terra. Infestam os lugares mais escuros e imundos, se comprazem com a decomposição e o desespero, esgotam a paz, a esperança e a felicidade do ar à sua volta.” 


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