"Não existe bem nem mal, só existe o poder, e aqueles que são demasiados fracos para o desejarem"
Título: A Pedra Filosofal
Autor: J.K. Rowling
Título Original: The Sorcerer's Stone
Tradução: Lia Wyler
Série: Harry Potter
Editora: Rocco
Série: Harry Potter
Editora: Rocco
2000
O que dizer a respeito de Harry
Potter que alguém já não tenha dito antes? A série é reconhecida pelo mundo
todo e não é à toa. Mesmo sendo um livro YA e tendo um vocabulário voltado para
crianças, o livro tem um enredo incrível, quando entendemos o real sentido e
passamos a ler as entrelinhas, somos capturados pela escrita da autora, de modo
que passamos a ignorar o fato de ser um livro infantil. As
personagens são bem construídas, o enredo é bem feito e a criatividade da
autora não tem limites.
Basicamente, a
história do primeiro volume, trata sobre a ida de Harry à Hogwarts. O garoto é
órfão, mora com os tios Dursleys – que como McGonagall observou, são os piores
tipos de trouxas que existem. Harry leva uma vida miserável com os tios, seu
quarto é um armário de baixo da escada, nunca recebera um presente e os tios
lhe oferecem o mínimo. Porém tudo isso esta para mudar quando o jovem completa
onze anos e começa a receber cartas o convidando a ir estudar em Hogwarts, a
escola de magia e bruxaria. O que Harry não fazia ideia, é que – diferente da
sua vidinha pacata com os Dursley – ele é uma pessoa mais que reconhecida no
mundo dos bruxos.
“(...) Ele vai ser famoso, uma
lenda. Eu não me surpreenderia se o dia de hoje ficasse conhecido no futuro
como o dia de Harry Potter. Vão escrever livros sobre Harry. Todas as crianças
em nosso mundo vão conhecer o nome dele.”
O fato é que mesmo não tendo noção
do que acontecia, Harry – mesmo sendo um bebê de colo – na noite em que se
tornou órfão, acabou derrotando o maior bruxo das trevas de todos os tempos, um
bruxo tão temido, que as pessoas, sequer pronunciam seu nome, Voldemort.
Mas e se esse suposto bruxo voltar? A resposta está na pedra filosofal, um
artefato valioso e muito importante para o lorde das trevas.
“Tem quem diga que ele morreu.
Besteira, na minha opinião. Não sei se ainda tinha humanidade suficiente para
morrer.”
O garoto se vê perdido quando
finalmente embarca no expresso Hogwarts. Afinal ele nunca vira pessoas voando
em vassouras, agitando varinhas, atravessando paredes sólidas, comprando livros
que ensinam magia e muitas outras coisas...
É incrível como
uma viagem de trem pode render uma história tão bem desenvolvida, já que a
ideia de Harry Potter surgiu quando Rowling – que na época tinha vinte e cinco
anos – resolveu ir, junto com o namorado, a Manchester. A viagem atrasou quatro
horas, e para a felicidade dos fãs, foram as quatro horas de inspiração para
Rowling criar o universo fantástico que veio a ser publicado anos depois.
Confesso que
fiquei decepcionado quando li o livro no formato original e constatei que a
tradução é pobre e fraca. A escrita da Rowling é única e criativa, mas foi
totalmente prejudicada com o trabalho da Lia Wyler.
A série em suma é a melhor e mais
completa fantasia que já li. E o primeiro volume é mais que importante, já que
desenvolve o papel de apresentar ao leitor o universo que Rowling criou. O
livro é mais que recomendado, mesmo sendo para um publico alvo de menor idade –
o que é irrelevante, já que a série possui fãs de todas as idades.
Neste volume,
acompanhe um Harry perdido e sem a mínima noção de quem ele é – sendo que as
pessoas a sua volta sabem mais sobre ele que ele mesmo – em busca de respostas,
em busca da verdade.
“A verdade – suspirou Dumbledore – é uma coisa bela e terrível, e portanto deve ser tratada com grande cautela.”
Nossa! Quando conversávamos sobre tradução X original e o quanto é perdido nesse processo não me recordava que a tradutora em questão era Lia Wyler. Ela é uma das melhores, pelo que dizem, só li um livro traduzido por ela (Insônia de Stephen King). Soube que a própria JK Rowling parabenizou a tradução da Lia Wyler, mas nunca há tradução 100% comparado ao original; quer o melhor? Tem que ser o dá própria fonte.
ResponderExcluirEntão, conheci ela pela tradução do Harry, de modo que não sei como é o trabalho dela como tradutora dos outros livros, mas se tratando de Harry Potter, que tem tantas nomenclaturas e títulos, creio que seria sensato deixar algumas coisas no original. Tem também a mudança no nome de alguns personagens. O "sotaque" de outros, como te falei, e várias outras coisas.... Sei que a própria Rowling elogiou o trabalho dela e disse que é uma das melhores traduções, mas continuo preferindo o formato original. Nada melhor que ler um livro exatamente da mesma forma que foi escrito.
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