quinta-feira, 12 de março de 2015

A Cabana - William P. Young

"Se você odiar esta história, desculpe, ela não foi escrita para você"






Título: A Cabana

 Autor: William P. Young 

Título Original: The Shack 

Tradução: Alves Calado

Editora: Sextante 

2008







      Religião é um tema delicado para ser discutido e não me surpreendi quando soube que a intenção inicial do autor não era publicar o livro, mas sim distribuir quinze cópias para amigos e parentes. Pelo incentivo dos mesmos amigos, William P. Young deu chance para a publicação de sua obra por uma pequena editora dos Estados Unidos.       Como um livro de publicação pequena, tratando de um tema tão polêmico tornou-se um best-seller mundial? A resposta, você encontrará apenas na cabana.

“A história que você vai ler é resultado de uma luta minha e do Mack, que durou meses, para colocar em palavras o que ele viveu. Tem um lado um pouco... digamos, muito fantástico. Não vou julgar se algumas partes são verdadeiras ou não. Prefiro dizer que, mesmo que algumas coisas não possam ser cientificamente provadas, talvez sejam verdadeiras.”

      Em A Cabana, somos apresentados a Mackenzie Allen Phillips e sua família. Mesmo com os traumas familiares vividos no passado, Mackenzie – ou Mack – trata seus filhos e esposa com todo amor e carinho. Mack e seus três filhos, Josh, Kate e a caçula Missy, resolvem fazer uma viagem de fim de semana para um acampamento, que mesmo sem saber, marcaria a vida da família pra sempre. Durante um ocorrido, onde Mack teve que ajudar Josh e Kate, Missy, sua filha caçula, é raptada por um maníaco. Inicia-se então uma investigação em busca de Missy e embora o empenho desesperador do pai à procura de Missy seja comovente, eles não podem evitar os fatos. Missy fora assassinada. Assassinada em uma velha cabana

“Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?”

      Três anos se passam. Três duros anos com a Grande Tristeza rondando a família. Certo dia, em busca da correspondência, Mack encontra um bilhete o convidando a voltar à cabana. Como se não fosse o bastante, o bilhete fora escrito por ninguém menos que Deus.

“Será que Deus escreve bilhetes? E por que na cabanaícone de sua dor mais profunda? Certamente Deus teria lugares melhores onde se encontrar com ele.”

      A narrativa é flexível e surpreendente. Diferente de qualquer assunto religioso que eu já tenha lido. Na cabana, você encontrará a quebra de estereótipos e pensará em Deus de uma forma muito mais perplexa, porém muito mais compreensível que o habitual, forçando-o a pensar: “Se estivesse frente a frente com Deus, o que diria?”.
      Pois é, Mackenzie teve a chance de ficar perante o que mais culpou pela morte da filha, sem saber que ele fora o que mais lhe amara. A Cabana é um livro de reconciliação e sua ferramenta são os paradoxos. Lá, Mack descobriu que a vida não é feita de tristezas pós-óbito e que Deus nunca o deixara.
      Realmente é uma leitura que acerta nosso senso, pois é impossível não se identificar com Mack. Afinal, como o autor mesmo citou:



“[…] A maioria de nós tem suas próprias tristezas, sonhos partidos e corações feridos, cada um viveu perdas únicas, nossa própria ‘cabana’. Oro para que você encontre a mesma graça que eu recebi lá e que a presença constante de Papai, Jesus e Sarayu preencha seu vazio interior com alegria indizível”.

3 comentários:

  1. Esse livro! Não consigo nem adjetiva-lo porque é uma experiência única. Espero relê-lo em breve!

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  2. Oii Vitor! Eu amei esse livro e acho a frase que vc colocou lá em cima diz tudo: se você gostou, significa que a história foi escrita pra vc! :)

    http://maisumapaginalivros.blogspot.com.br/
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    1. Oi Michelly! Realmente a experiência que cada um tem lendo este livro é única! Só lendo pra saber...

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