“Viajante, adiante
fica o Mundo Médio.”
Título: As Terras Devastadas
Autor: Stephen King
Título Original: The Waste Lands
Tradução: Alda Porto
Série: A Torre Negra
Editora: Objetiva (Suma de Letras)
2005
A leitura da série A Torre Negra vem se
revelando, a cada volume, uma inédita surpresa. Em As Terras Devastadas, King
deixa de lado as teorias e adaptações dos personagens em relação à transição de
universos e parte logo para a narrativa agitada da série. Portanto, nesse
volume, o leitor presencia um ritmo mais rápido, com menos teoria e mais ação.
É claro que o autor não nos deixa completamente sem informações – embora fechamos
o livro com mais uma dúzia de questões – mas o foco não é esse.
Neste volume não só tempo e espaço estão em
conflito, mas também a lucidez de Roland. O pistoleiro encontra-se em conflito
consigo mesmo, sem chegar em uma conclusão se o menino Jake realmente existiu (já
que o garoto morreu em ambos os universos). Eddie e Susannah também são pistoleiros
agora e permanecem ao lado de Roland mesmo em seus piores momentos.
“A verdade é que ela não trocaria o mundo de
Roland por nada”
Também
ficamos por dentro da história completa de Jake, e que, mesmo em Nova York, o
garoto retém muitas respostas importantes para o mundo de Roland.
“– Nós
somos um ka-tet – começou o pistoleiro –, o que significa um grupo de pessoas
unidas pelo destino”
Em suma, As
Terras Devastadas narrará as impressões das personagens em viajem pelo Mundo
Médio, mas devo ressaltar que Stephen King é o rei dos subenredos, e que mesmo
que mais próximos da torre, continuamos nas delongas do autor. Não que isso
seja um ponto negativo, pelo contrário, acho que sem os detalhes excessivos do
autor – que já é uma característica dele –, o enredo ficaria cru. É fato que os ansioso de plantão
ficarão bravos com o autor ao ver que, em muitos momentos, a torre em si sai de
foco, mas isso pode ser tolerado em vista da grandiosidade da obra.
Mesmo não
tendo lido O Senhor dos Anéis – livros que inspiraram a série –, não pude
deixar de notar algumas semelhanças neste livro. A premissa de um grupo com um
objetivo em comum – um ka-tet – sair
em uma aventura fantástica por terras desconhecidas, lembra muito o universo de
Tolkien.
Revelações
à parte, o fim não me agradou muito, mas esses finais em aberto são
característicos da Torre Negra, e de certa forma, funciona como combustível
para a leitura da obra, já que mais que chegar à torre, os leitores querem
respostas.
Sempre que leio uma resenha de algum volume da Torre sinto uma vontade enorme de revisitar essa série.
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