quinta-feira, 13 de agosto de 2015

As Terras Devastadas - Stephen King

“Viajante, adiante fica o Mundo Médio.”


Título: As Terras Devastadas

Autor: Stephen King

Título Original: The Waste Lands

Tradução: Alda Porto

Série: A Torre Negra

Editora: Objetiva (Suma de Letras)

                                                         2005             



A leitura da série A Torre Negra vem se revelando, a cada volume, uma inédita surpresa. Em As Terras Devastadas, King deixa de lado as teorias e adaptações dos personagens em relação à transição de universos e parte logo para a narrativa agitada da série. Portanto, nesse volume, o leitor presencia um ritmo mais rápido, com menos teoria e mais ação. É claro que o autor não nos deixa completamente sem informações – embora fechamos o livro com mais uma dúzia de questões – mas o foco não é esse.
Neste volume não só tempo e espaço estão em conflito, mas também a lucidez de Roland. O pistoleiro encontra-se em conflito consigo mesmo, sem chegar em uma conclusão se o menino Jake realmente existiu (já que o garoto morreu em ambos os universos). Eddie e Susannah também são pistoleiros agora e permanecem ao lado de Roland mesmo em seus piores momentos.
“A verdade é que ela não trocaria o mundo de Roland por nada”
Também ficamos por dentro da história completa de Jake, e que, mesmo em Nova York, o garoto retém muitas respostas importantes para o mundo de Roland.
“– Nós somos um ka-tet – começou o pistoleiro –, o que significa um grupo de pessoas unidas pelo destino”
Em suma, As Terras Devastadas narrará as impressões das personagens em viajem pelo Mundo Médio, mas devo ressaltar que Stephen King é o rei dos subenredos, e que mesmo que mais próximos da torre, continuamos nas delongas do autor. Não que isso seja um ponto negativo, pelo contrário, acho que sem os detalhes excessivos do autor – que já é uma característica dele –, o enredo ficaria cru. É fato que os ansioso de plantão ficarão bravos com o autor ao ver que, em muitos momentos, a torre em si sai de foco, mas isso pode ser tolerado em vista da grandiosidade da obra.
Mesmo não tendo lido O Senhor dos Anéis – livros que inspiraram a série –, não pude deixar de notar algumas semelhanças neste livro. A premissa de um grupo com um objetivo em comum – um ka-tet – sair em uma aventura fantástica por terras desconhecidas, lembra muito o universo de Tolkien.
Revelações à parte, o fim não me agradou muito, mas esses finais em aberto são característicos da Torre Negra, e de certa forma, funciona como combustível para a leitura da obra, já que mais que chegar à torre, os leitores querem respostas.
“O pistoleiro é a verdade...”

Um comentário:

  1. Sempre que leio uma resenha de algum volume da Torre sinto uma vontade enorme de revisitar essa série.

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